Visando combater a bem sucedida BMW R 1200 GS, a Yamaha usa “artilharia pesada”, lançando a XTZ 1200 Super Ténéré. Quais serão suas armas para vencer essa batalha?
Um dos maiores ícones no mundo da motocicleta está de volta ao Brasil, a Super Ténéré.
A releitura do grande sucesso da década de 90, está mais poderosa do que nunca, mostrando não só estar disposta a se tornar uma das motos mais desejadas do país, como também frear o crescente sucesso de vendas alcançado pela alemã BMW R 1200 GS.
Na nova maxi trail da Yamaha, a XTZ 1200Z Super Ténéré, o lendário nome deixa claro sua vocação: as viagens por qualquer tipo de terreno, inclusive os mais inóspitos. Para isso, a receita básica do antigo modelo foi mantida, porém usando recursos e soluções técnicas muito mais modernas. Um bom exemplo disso é o motor.
Apesar de, tanto a nova quanto a antiga Super Ténéré serem bicilíndricas, o novo modelo tem uma capacidade cúbica bem maior, são 1.199 cm³ contra 749 cm³.
Ambas são dotadas de duplo comando, no entanto a antiga Super Ténéré 750 utilizada cinco válvulas, enquanto que sua sucessora conta com quatro válvulas por cilindro. O motivo desta redução foi produzir um torque maior a uma rotação mais baixa.
Segunda a Yamaha, sua nova Maxi trail rende o torque e potência máximos de 11,6 kgf.m a 6.000 rpm e 110 cv a 7.250 rpm respectivamente, valores muito próximos de sua maior concorrente, a BMW R 1200 GS, que rende 12 kgf.m a 6.000 rpm de torque 110 cv a 7.750 rpm de potência.
A marca dos três diapasões afirma que graças ao sistema de vira-brequim cross-plane, o mesmo utilizado na M1 de Jorge Lorenzo e na nova R1– onde pistões tem um intervalo de explosão de um para o outro de 270º –, as vibrações são muito baixas e a entrega do torque e potência são mais lineares e instantâneas.
A nova Super Ténéré também tem uma boa dose de tecnologia embarcada. Ela usa o mesmo sistema de fly-by-wire (acelerador eletrônico sem uso de cabo) que as R1, R6 e VMax, além de ser equipada com controle de tração com três diferentes modos de utilização.
O sistema ABS de freio é de última geração busca a segurança sem abrir mão da esportividade. Isso porque o sistema foi projetado levando em consideração o uso na terra, onde o tempo de liberação e pressurização do sistema hidráulico dos freios é muito mais rápido. Como nos modelos da Honda, a nova maxi-trail da Yamaha conta ainda com sistema de freio combinado, onde parte do freio dianteiro pode ser acionado através do pedal de freio traseiro.
Na parte estrutural, a fábrica japonesa da Hamamatsu deixou de lado o baixo peso e alto preço do alumínio, e optou por construir uma quadro todo em aço. O objetivo principal de seu projeto foi unir a alta resistência a impactos a boa dirigibilidade, buscado para isso, jogar o máximo possível do peso para parte de inferior da motocicleta.
Sua apresentação à imprensa foi feita por ninguém menos que o líder de seu projeto, Sr. Massao Kawase, que com grande orgulho anunciou que também será o responsável pelos novos projeto da Yamaha no Brasil.
Entre as várias qualidades ressaltadas, Kawase deu ênfase as suspensões ultra resistentes e amplamente ajustáveis da Super Ténéré, ao sistema de transmissão secundária com eixo cardã — que além de resistente, praticamente não exige manutenção — e também aos seus aros, que dispensam o uso de câmara de ar, possibilitando que, em caso de pneu furado, o pneu demore mais para murchar, possibilitando inclusive, que seu reparo possa ser feito sem que seja preciso retirar a roda.
A marca dos três diapasões garantiu que o novo modelo contará com uma enorme gama de acessórios que vão desde malas laterais em alumínio, ha manoplas aquecidas e protetores de tanque e quadro.
O preço sugerido dessa fera é de R$ 59.800, valor muito próximo ao da versão standard da BMW R 1200 GS, algo que poderá afetar suas vendas.
Fonte: Revista Mundo Moto / Laner Azevedo