O recente lançamento da Kawasaki Ninja 650R ampliou o número de opções de motos de 600 cc com carenagem à venda no Brasil. A versão carenada da naked Kawasaki ER-6n agora passa a concorrer com a Yamaha XJ6F, com carenagem. Entretanto, os dados de emplacamentos da Fenabrave provam que a maioria dos brasileiros ainda prefere pagar de R$ 2 mil a R$ 2,7 mil a menos pela versão naked dos modelos. E o caso da Yamaha XJ6 é emblemático, com uma unidade da versão F carenada é produzida a cada duas da naked – mas cuja proporção a rede de concessionárias tem dificuldade de manter nas vendas. Este mês, a Yamaha está vendendo a XJ6F modelo 2010 com financiamento sem juros, o que pode ser uma boa oportunidade para aproveitar as vantagens da moto com carenagem.
Vantagens da carenagemA decisão de comprar uma moto com carenagem, mais que meramente estética, deveria levar em conta ao menos quatro outros fatores: conforto, estabilidade, desempenho e consumo de gasolina. Usando as duas versões da XJ6 para ilustrar as diferenças entre ter a mesma moto com e sem carenagem, podemos começar pela diferença fundamental que é o acréscimo de 10 kg na dianteira da versão F, passando dos 186 kg a seco da versão naked para 196 kg. Porém, a largura máxima da moto permanece a mesma, de 770 mm, desmistificando qualquer possível argumento de perda de agilidade no trânsito. Pelo contrário, há um ganho de segurança por causa do posicionamento dos espelhos retrovisores mais à frente, instalados sobre a carenagem, enquanto os da naked estão fixados ao guidão. Mais distantes do corpo do condutor, ampliam o campo de visão e não insistem em refletir braços e ombros.
O ganho de peso na dianteira, ao contrário do que se possa supor, não prejudica a pilotagem na XJ6F. A roda dianteira fica mais estável e menos sujeita à perda de contato do pneu com o solo em acelerações bruscas, na passagem por ondulações no asfalto e mesmo viajando a velocidades mais elevadas. Curiosamente, o ganho aerodinâmico chega a compensar o peso extra e o consumo de gasolina fica 7% menor a uma média de 120 km/h, passando de 19 km/litro na naked para 20,5 km/litro com a carenagem. E quanto maior a velocidade, maior a influência aerodinâmica e proporcionalmente maior deverá ser a economia de combustível. A melhor aerodinâmica também se reflete em um ligeiro incremento de velocidade máxima, para 198 km/h, contra 195 km/h sem a carenagem.
Conforto Até este ponto, os benefícios da XJ6F podem parecer sutis e talvez ainda prevaleça o gosto pessoal na decisão por pagar R$ 31,7 mil em vez de R$ 29 mil pela naked. Mas o principal ganho das versões carenadas de motos naked está no conforto, especialmente em viagens.
A carenagem poupa o condutor do vento contra o tórax, que também o obriga a dispensar mais força para manter as mãos no guidão conforme aumenta a velocidade. A carenagem ainda reduz o esforço do pescoço para evitar a turbulência contra o capacete. Praticamente eliminando os desconfortos da velocidade. Além disso, desvia boa parte dos detritos lançados por veículos à frente, como pedras, e evita que parte das gotas de chuva atinjam o motociclista. Assim, se além da estética forem considerados os benefícios em estabilidade, desempenho, consumo de gasolina e, principalmente, conforto, o valor a mais cobrado pela carenagem se torna cada vez mais atraente e justificado. Principalmente porque aumenta o prazer de se pilotar uma moto pela qual já é preciso investir quase R$ 30 mil.
Antes de optar por uma naked ou uma versão com carenagem, é importante se analisar o uso que se vai fazer da motocicleta. Se o motociclista irá rodar principalmente na cidade, ou caso tenha outra moto para viajar, os modelos naked, mais baratos, são uma boa opção. Porém, se você quer uma moto também para pegar estrada, pode valer a pena investir um pouco mais no conforto da carenagem.
Antes de optar por uma naked ou uma versão com carenagem, é importante se analisar o uso que se vai fazer da motocicleta. Se o motociclista irá rodar principalmente na cidade, ou caso tenha outra moto para viajar, os modelos naked, mais baratos, são uma boa opção. Porém, se você quer uma moto também para pegar estrada, pode valer a pena investir um pouco mais no conforto da carenagem.
Oportunidade de compraO mix de produção da Yamaha é de cerca de 100 unidades mensais da XJ6F e 200 da XJ6N. Nas duas lojas da concessionária paulistana Indiana, entretanto, a média mensal é de uma XJ6F vendida a cada quatro unidades da naked. “O público que busca a F é um pouco diferente e até mais esclarecido, vem aqui já procurando essa moto porque conhece o ganho de conforto”, explica o vendedor Eduardo Alves. “São pessoas que vêm à loja procurando a moto para uso em viagens”, diz Hellen Escócio, funcionária da concessionária Moto 3. “Prova de que esse comprador é diferente é que quando não temos a N para pronta entrega, dificilmente vendemos uma F no lugar”, conclui a vendedora Hellen, que contabiliza uma média de uma F vendida a cada dez da naked.
A menor procura pela versão com carenagem não chega a se refletir em descontos. E por outro lado, um pequeno ágio é acrescentado ao preço da naked que, na tabela sugerida pela Yamaha custaria R$ 28.600, mas que na prática a maioria das concessionárias consultadas pede R$ 29.000. Já a XJ6F tem o preço divulgado e praticado em R$ 31,7 mil, e as últimas unidades ano/modelo 2010 estão sendo vendidas com desconto à vista e um plano de financiamento diferenciado do Banco Yamaha, em que 50% do valor pode ser pago em 12 parcelas sem juros.
A menor procura pela versão com carenagem não chega a se refletir em descontos. E por outro lado, um pequeno ágio é acrescentado ao preço da naked que, na tabela sugerida pela Yamaha custaria R$ 28.600, mas que na prática a maioria das concessionárias consultadas pede R$ 29.000. Já a XJ6F tem o preço divulgado e praticado em R$ 31,7 mil, e as últimas unidades ano/modelo 2010 estão sendo vendidas com desconto à vista e um plano de financiamento diferenciado do Banco Yamaha, em que 50% do valor pode ser pago em 12 parcelas sem juros.
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros em linha, DOHC, 16 válvulas, quatro tempos, arrefecimento líquido
Potência: 77,5 cv a 10.000 rpm
Torque: 6,1 kgfm a 8.500 rpm
Alimentação: Injeção eletrônica de combustível
Câmbio: Seis marchas
Transmissão: final por corrente
Suspensão dianteira: Garfo telescópico convencional
Suspensão traseira: Balança monoamortecida
Freio dianteiro: Disco duplo de 298 mm de diâmetro
Freio traseiro: Disco simples de 245 mm de diâmetro
Quadro: Tubular em aço do tipo diamante
Comprimento: 2.120 mm
Largura: 770 mm
Altura: 1.185 mm
Ente-eixos: 1.440 mm
Altura do assento: 785 mm
Altura mínima do solo: 140 mm
Tanque: 17,3 litros (3,4 l de reserva)
Peso seco: 196 kg
Motor: Quatro cilindros em linha, DOHC, 16 válvulas, quatro tempos, arrefecimento líquido
Potência: 77,5 cv a 10.000 rpm
Torque: 6,1 kgfm a 8.500 rpm
Alimentação: Injeção eletrônica de combustível
Câmbio: Seis marchas
Transmissão: final por corrente
Suspensão dianteira: Garfo telescópico convencional
Suspensão traseira: Balança monoamortecida
Freio dianteiro: Disco duplo de 298 mm de diâmetro
Freio traseiro: Disco simples de 245 mm de diâmetro
Quadro: Tubular em aço do tipo diamante
Comprimento: 2.120 mm
Largura: 770 mm
Altura: 1.185 mm
Ente-eixos: 1.440 mm
Altura do assento: 785 mm
Altura mínima do solo: 140 mm
Tanque: 17,3 litros (3,4 l de reserva)
Peso seco: 196 kg
Fonte: moto.com.br