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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sim, é uma mulher!

Um ronco ecoa.... Você procura da onde vem.... Procura pela pista e avista uma moto...
Vanessa numa HayabusaVanessa numa HayabusaQue delícia de som!
Você então, logo se depara com o piloto descendo da motocicleta e quando ele tira o capacete, aqueles longos cabelos saem de dentro se desenrolando e tocando a cintura do corpo...
Sim, é uma mulher!
Imaginou a cena? Pois prepare-se. Ela está ficando cada vez mais comum nas ruas, estradas, autódromos e onde mais possa circular uma moto. As mulheres vêm ganhando espaço no mundo das duas rodas. Nós estamos trocando a garupa pelo guidão, deixando para traz o machista ditado que diz “lugar de mulher é na garupa”.
Apesar de somente agora termos começado a assumir o guidão das nossas motocas com mais entusiasmo, a própria história da motocicleta demonstra que nós fazemos parte desse cenário a mais tempo do que imaginamos.
Basta lembrar que o motoclube mais antigo do mundo é feminino. Fundado em 1940 o Motormaids M.C. hoje conta com 250 integrantes que nos honram levando charme e beleza por onde passam.
Quer outro exemplo? A primeira pessoa a pilotar uma moto Honda no mundo era uma mulher! Isso mesmo. A pedido de Soichiro Honda (fundador da Honda Motor Company), sua esposa Sachi Honda, pilotou a primeira moto Honda do mundo, uma 50cc em 1946, no Japão. Ela usava seu melhor monpe (calças largas usadas por agricultores), que ficou todo coberto de óleo e graxa ao fim do “passeio”. Além de servir como uma bela jogada de marketing (imagine o impacto de uma mulher pilotando uma moto na década de 40), Sachi Honda contribuiu sendo um marco na história da marca e, porque não, do motociclismo feminino.
Voltando aos dias de hoje, segundo dados da ABRACICLO a frota em circulação no país supera a cifra de 15,8 milhões de motos, sendo que 25% dessas motocicletas são pilotadas por mulheres. São quase 4 milhões de mulheres ao guidão! Isso significa que já passou a época em que as mulheres ficavam apenas nas garupas. Hoje, queremos comandar! Na maioria das vezes, somos exigentes e não nos contentamos com pouco.
Para quem acha que essa quantidade de mulheres assume apenas os guidões das 150 e 250 cilindradas, está enganado! Hoje em dia queremos mais. Máquinas maiores e mais potentes, muitas das quais mal conseguimos levantar. Queremos sentir o prazer de “desafiar” as super máquinas. Isso tudo sem, claro, perder nossa feminilidade.
E se você tem como imagem da motociclista a de uma mulher desleixada, sem nenhuma vaidade, esqueça! Enquanto os homens preferem um look mais pretinho básico, procuramos sempre investir na nossa beleza, adaptando às restrições que temos em cima de duas rodas. Adaptamos um bom salto, não esquecemos jamais o batom, preferimos roupas mais coladas, acinturadas, e é claro deixamos um pouco de lado o preto e investimos em roupas mais alegres, coloridas e, de preferência, combinando com nossas motos.
No começo, sentimos um grande preconceito por parte dos homens. Eles ficam desconfiados e normalmente não acreditam na nossa capacidade de pilotar uma máquina mais potente, mas isso passa e logo eles acabam acostumando e a maioria até gosta de ter uma mulher no grupo para dar aquele toque especial.
A pilota americana Elena Myers de 16 anosA pilota americana Elena Myers de 16 anosHoje em dia, existem no comando dessas super máquinas, mulheres de todas as classes, idades, localidades, algumas que investiram inclusive no meio profissional.
A nossa preferência por motos de maior cilindrada inclui alguns fatores, um deles é que os outros motoristas respeitam mais as motos maiores.
Os modelos de maior cilindrada são naturalmente mais potentes, velozes e chamam mais a atenção. E é isso que queremos.
Afinal, somos mulheres!!! Por isso e muito mais, afirmo: Lugar de mulher é atrás do tanque…  Sim, atrás do tanque de gasolina!!

Fonte: Motonline

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