Home

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A nova Suzuki GSX-R 1000 Srad

Agora sim!
A versão 2011, chamada também de K9, já está à venda no Brasil após mais de seis meses do lançamento mundial. Aliás, é cada vez menor o prazo para novos lançamentos, sempre na tentativa de atrair o público ávido por novidade, por menor que seja. Pequenas, mas importantes mudanças na estética, motor e chassi deixaram a Srad 1000 mais esportiva, nesta verdadeira guerra armamentista entre as fábricas para lançar motos mais velozes e estáveis.
O motor de quatro cilindros em linha teve alteração nas medidas de diâmetro (maior) e curso (menor) dos pistões para dar mais força em alta rotação. O cabeçote teve a medida alterada para a taxa de compressão subir de 12,5:1 para 12,8:1. Só gasolina Premium neste tanque, ou o dono terá de instalar um gerenciador de ignição (tipo Power Commander) para evitar a detonação.
No conjunto ciclístico a grande novidade é a suspensão dianteira com múltiplas opções de regulagens. Um dos desafios dos engenheiros é fazer a moto ficar com a roda dianteira no chão durante as acelerações brutais dos quase 200 cavalos. Nesta nova Srad 1000 a balança traseira foi levemente alongada para amenizar este efeito. Para isso o motor teve de ser deslocado alguns milímetros para a frente. O resultado é que o piloto pode acelerar mais cedo nas saídas de curva sem medo de ver a frente subir.
Outra mudança nesta versão 2011 (mas que na Europa e EUA é a 2010) foi nos comandos. O seletor da programação eletrônica passou no punho direito para o lado esquerdo e no punho direito foi acrescentado um botão de controle do cronômetro de série.
A exemplo do modelo K8, nesta Suzuki pode-se selecionar o programa de gerenciamento do motor. Os programas A, B ou C determinam se o motor vai atuar com potência total, com potência limitada e mais dócil ou em condição de piso molhado. Pode-se inclusive mudar os programas com a moto em movimento.
Puro prazer
Todos os detalhes tiveram mudanças discretas. O farol ficou mais fino ainda para dar mais espaço às entradas de ar. No painel, além do shif-light (que indica limite de rotação) foram colocadas três luzes que acendem conforme a rotação se aproxima da máxima. Dessa forma o piloto consegue trocar de marcha no momento certo, sem perder tempo.
É preciso ter muita experiência para perceber as mudanças com a Srad 1000 em movimento. Ela continua muito compacta, apesar da insistência nos dois escapamentos laterais. Pilotando ela até parece mesmo uma 600, mas com mais potência. Nosso teste foi realizado em pista úmida, o que impediu forçar mais nas curvas, mas percebeu-se claramente que a aceleração está a mesma brutalidade de sempre, fazendo parte do time das motos que fazem de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos, em primeira marcha. Está cada vez mais difícil fazer este teste!
Com a nova suspensão dianteira Showa ela afunda menos das frenagens e frente fica firme em curvas de qualquer tipo de raio e velocidade. Em suma, ficou mais fácil gastar as joelheiras do macacão!
O consumo continua perdulário de sempre, como é de se esperar de uma 1000 de 185 cavalos. Com muita bondade no acelerador ela chega perto de 18 km/litro, mas nas condições esportivas pode esperar algo em torno de 7 km/litro com bastante esforço. E lembre de usar gasolina cara! E já que o tema é consumo, o preço de lançamento é R$ 58.900 (em SP).
O modelo 2010 (no exterior) coincide com o aniversário de 25 anos da série GSX-R que começou em 1985 com a 750. Para celebrar foi lançada uma edição especial com peças exclusivas e numerada. Um item discreto desta série foi mantido na versão normal: um aplique de carbono nas laterais, perto do banco. Apesar dos 25 anos, a série GSX-R continua linda e cada vez mais radical!
Box – O mito GSX-R
Em 2010 a Suzuki celebra os 25 anos de existência da série GSX-R, chamada nos Estados Unidos de Gixxer. O lançamento desta série deu origem a uma espécie de religião que reúne fanáticos no mundo todo. A versão 1000cc surgiu em 2001, em substituição ao modelo GSX-R 1100. Rapidamente a Gixxer 1100 recebeu vários prêmios “Moto do Ano” em vários países por representar o que havia de mais radical em termos de moto produzida em série. Hoje ela rivaliza com Honda, Kawasaki, Yamaha, Ducati, Aprilia entre outras.

Ficha Técnica

  • PREÇO: R$ 58.900,00
  • ORIGEM: Japão
  • MOTOR: quatro cilindros em linha, 16V, 999cc, alimentado por injeção eletrônica, arrefecido a líquido. Potência máxima de 185 cv (a 12.000 rpm) e torque de 11,9 kgfm (a 10.000rpm)
  • TRANSMISSÃO: Câmbio de seis marchas. Secundária por corrente
  • SUSPENSÃO: Dianteira com garfos telescópicos invertidos e traseira monoamortecida
  • FREIOS: Dianteiro a duplo disco e traseiro a disco
  • PNEUS: Dianteiro 120/70-17 e traseiro 190/50-17
  • DIMENSÕES: 2.045 mm de comprimento, 810 mm de altura do banco ao solo, 720 mm de largura; 1.130 mm de altura e 1.405 mm de entre-eixos
  • PESO: 205 kg (em ordem de marcha)
  • TANQUE: 17,5 litros

Nenhum comentário:

Postar um comentário