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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Kansas 2011: novas rodas e escapamento







Desde o seu lançamento, no início de 2008, já foram emplacadas cerca de 37.000 unidades da pequena custom Dafra Kansas 150. Prova de que mesmo no segmento de baixa capacidade cúbica, há muitos consumidores que querem uma moto acessível e econômica, mas sem deixar de lado o estilo custom. Para manter seu sucesso, a Dafra equipou a Kansas 2011 com novas rodas e um escapamento diferenciado. Afinal, entre as motocicletas de baixa capacidade no segmento custom, a Dafra Kansas foi a segunda mais vendida em 2010: de janeiro a dezembro foram emplacadas 6983 unidades, perdendo apenas para a Suzuki Intruder 125 (9944).
Seguindo a crença de que “em time que está ganhando não se mexe”, as mudanças no modelo foram apenas visuais. As rodas de liga-leve de cinco raios foram substituídas por outras de dez raios, porém agora na cor preta e com detalhes cromados. O escapamento também é novo e na cor preta, com um protetor cromado.
No restante, a Kansas 2011 manteve as qualidades que fazem dela o quarto modelo mais vendido do line-up da Dafra. Estilo diferenciado, bom acabamento e muitos cromados. Sem falar nos diversos itens interessantes de série, como freio a disco, partida elétrica, bagageiro e suporte da pedaleira da garupa fixado ao quadro.
Destacam-se ainda os comandos completos, com lampejador de farol, buzina, piscas e afogador no punho esquerdo, além de botão de partida, botão corta corrente e para ligar ou desligar o farol no punho direito. O painel em dois níveis traz um mostrador analógico com velocímetro, dois hodômetros e luzes de advertência sobre a mesa de direção; completado por um indicador de marchas posicionado sobre o tanque junto ao bocal. Sente-se falta de um marcador de combustível ou mesmo de uma luz de reserva. Em vez disso a Kansas traz apenas a boa e velha torneirinha de gasolina.
Desempenho A motorização da Kansas foi mantida no modelo 2011. Motor monocilíndrico de 149,4 cm³, OHV com refrigeração a ar. A Dafra não alterou nem mesmo a alimentação feita pelo ultrapassado carburador. Com isso o desempenho é modesto: 13,1 cavalos de potência máxima a 8.400 rpm e torque máximo de 1,13 kgf.m a 7.100 rpm.
Como acontece em outros motores de baixa capacidade cúbica, a Kansas 150 é um pouco “xoxa” em baixas rotações, mas melhora consideravelmente conforme os giros crescem. Chega a até 110 km/h no velocímetro, porém tem dificuldade para manter essa velocidade em subidas, culpa do baixo torque do motor. Em resumo, o motor da Kansas 150 se sente em “casa” mesmo na cidade, mas até encara uma viagem curta se o motociclista for paciente para rodar a uma velocidade média de 90 km/h.
Por outro lado, o desempenho contido resulta em baixo consumo de combustível. Circulando somente em estradas, a Kansas rodou em média 35 km/litro; já na cidade o número caiu para 33 km/litro. O que, levando-se em conta o tanque com capacidade para oito litros, resulta em uma autonomia de pouco mais de 250 km.
Equipada com transmissão final por corrente, a Kansas tem câmbio de cinco velocidades. Para compensar a falta de “força” em baixas rotações, as duas primeiras marchas são bastante curtas. Os engates para subir as marchas se mostraram suaves, porém o mesmo não pode ser dito das reduções. Em alguns momentos o câmbio passava a sensação de ser muito “duro” e a marcha não engatava com facilidade. Vale dizer que dois fatores podem influenciar negativamente nessa impressão: a unidade testada tinha apenas 300 km rodados, portanto não estava devidamente amaciada; e a temperatura nesse início de fevereiro girava em torno de 30° C em São Paulo, o que torna o óleo menos viscoso, podendo comprometer o funcionamento da caixa de marchas.
CiclísticaO baixo peso – 123 kg em ordem de marcha – é outro ponto positivo para a Dafra Kansas 150. Bastante leve, é fácil realizar manobras em baixa velocidade com o modelo custom e até mesmo motociclistas menos experientes se sentem à vontade com o banco a apenas 86 cm do solo.
Equipada com garfo telescópico convencional da marca Showa, na dianteira, e sistema bichoque, na traseira, a Kansas busca privilegiar o conforto do motociclista, bem ao estilo custom, vale ressaltar. Portanto, em rodovias bem pavimentadas o piloto segue confortável no largo banco, apesar da posição de pilotagem bastante ereta em função das pedaleiras recuadas. Mas até mesmo em ruas com pavimento desigual, o conjunto de suspensões absorveu bem as imperfeições do piso. Claro que não se trata de uma moto trail, mas para um modelo custom a Kansas se saiu bem.
Já o guidão largo resulta em mais conforto para o motociclista, mas também menos maneabilidade. Em muitos casos, as extremidades do guidão ficavam bem à altura dos espelhos retrovisores, exigindo certa habilidade para circular entre os carros. Entretanto, nada que chegasse a comprometer a agilidade da pequena custom Dafra.
A Kansas 150 traz disco de 238 mm de diâmetro e pinça de dois pistões, na dianteira; e tambor de 130 mm, na traseira. Em função de seu baixo peso, o sistema de freios é suficiente para parar o modelo com segurança. Já as novas rodas de liga-leve continuam calçadas com pneus Pirelli City Demon com câmara – os mesmo que equipam a Honda CG 150 Titan. Ponto a favor da custom da Dafra, já que outros modelos de origem chinesa saem de fábrica com pneus de qualidade inferior.
Na cidade com estiloCom preço atraente, R$ 5.590, estilo diferenciado e bom nível de acabamento, a Dafra Kansas 150 é ideal para quem quer uma motocicleta urbana, mas com um visual diferenciado da maioria das motos street de baixa capacidade cúbica – leia-se Honda CG, Yamaha YBR ou até mesmo a Dafra Speed 150. Claro que o visual custom até convida a uma viagem, mas o motor decepciona. Ao menos que você encarne o motociclista sem destino e sem pressa, a Dafra Kansas 150 é mesmo para se rodar na cidade, porém com estilo.
FICHA TÉCNICA
Motor:
OHV, 4 tempos, monocilíndrico, refrigeração a ar
Cilindrada: 149,4 cm³
Potência Máxima: 13,1 cv a 8.400 rpm
Torque Máximo: 1,13 kgf.m a 7.100 rpm
Diâmetro X Curso: 62 x 49,5 mm
Sistema de Alimentação: Carburador PZ26
Taxa de Compressão: 9.0:1
Sistema de Partida: Elétrica e pedal
Câmbio: Cinco velocidades
Transmissão Final: Corrente
Chassi: Tipo Diamante
Suspensão Dianteira: Garfo telescópico, com 130 mm de curso
Suspensão Traseira: Bichoque, com 110 mm de curso
Freio Dianteiro: Disco simples, com acionamento hidráulico
Freio Traseiro: Tambor
Pneu Dianteiro: 2,75 - 18- Pirelli – City Demon
Pneu Traseiro: 3,50 – 16 – Pirelli – City Demon
Comprimento Total: 2070 mm
Largura Total: 1140 mm
Altura: 1110 mm
Distância Entre-Eixos: 840 mm
Altura Mínima do Solo: 170 mm
Altura do Assento: 860 mm
Peso Seco: 114 kg
Peso em ordem de marcha: 123 kg
Capacidade Máxima de Carga: 150 kg
Tanque de Combustível: 8 litros (1,2 l de reserva)
Cores: Preto, prata e laranja
Preço: R$ 5.590


Fonte: moto.com

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