- O quê? Você fez uma balança monobraço para uma Tornado? E ela anda em linha reta? - Confesso que essa pergunta eu não fiz, mas eram grandes as minhas suspeitas, queria ver de perto. Agendamos a visita para um rápido test ride.
No pequeno percurso que fizemos com ela, percebemos que o alinhamento é perfeito e não há nenhum movimento parasita da balança, pelo menos em uso normal. Para conseguir esse feito, o Valmir diz que é essencial que o ponto de fixação dos rolamentos da roda esteja alinhado com o centro da moto. Assim ao receber um impacto, se a estrutura da balança for suficientemente rígida, sem flexões nela mesma, o movimento da roda será totalmente controlado pela suspensão e o ponto de fixação original do chassi não receberá forças adicionais àquelas da balança normal. Inclusive, por essa razão, todo mecanismo do link da suspensão e alinhamento da coroa e corrente permanecem como antes.
Um tanque modificado faz a frente da moto ficar mais leve e dá mais acesso ao piloto nas manobras radicais da SuperMoto. As rodas de dimensões extremas produzem muita tração para contornar curvas em grandes velocidades e o motor, agora entregando quase 35 CV na roda traseira, pode aproveitar bem essas características. E como em 6000 rpm a potência já está bem plana, o piloto não tem problemas em encaixar as rotações em qualquer marcha da moto. Os números prometem muito, mas na pequena volta que demos não deu para verificar todo potencial da moto. O que deu para notar foi o capricho e limpeza na execução de todo projeto. Não dá para inventar muito. Para progredir num projeto original tão bom quanto as fábricas conseguem produzir hoje em dia é preciso muito equipamento e muitas horas de desenvolvimento para se conseguir uma moto diferente, com aspectos exclusivos. Para um aficionado, só isso já vale o investimento.
Fonte: motonline.com.br
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