A carbonização consiste no acúmulo de uma camada de carbono nas partes internas do motor. Em motores de ciclo dois tempos a mistura de óleo 2T junto ao combustível produz alguma fumaça e cosequentemente carbonização do conjunto pistão, cabeçote e escapamento. Nestes motores, o escapamento é uma das parte mais sensíveis à carbonização e tal efeito pode inclusive obstruir a passagens dos gases.
Nos escapamentos originais a carbonização é ainda mais grave pois tendo em vista a redução de emissão sonora os escapes possuem em seu interior tela e cones, conhecidos também como miolo do escapamento. Para remover a carbonização dos escapes originais, muitas vezes é necessário realizar o procedimento de "operação", que consiste em abrir o bojo do escapamento e remover todas a partes internas.
Interior de um escapamento de DT 200 carbonizado. Foto: H. S. S.
O escape "operado" fica mais leve e confere mais potência à motocicleta, por outro lado, estará produzindo mais barulho. Vale ressaltar que a legislação de trânsito brasileira proíbe o uso de escapamento "desmiolado", desta forma, apenas realize tal procedimento se for utilizar a motocicleta apenas em situações off-road.
A cabeça do pistão e a câmara de combustão também sofrem carbonização. A camada carbonizada impede que a mistura fresca ar/combustível refrigere a cabeça do pistão, criando regiões super-aquecidas e até mesmo provocando a pré-combustão. Estas partes também devem ser descarbonizados periodicamente, o tempo e a quilometragem varia muito conforme a qualidade do óleo dois tempos utilizado. Os óleos de origem mineral produzem maior carbonização do que os óleos sintéticos ou semi-sintéticos.
Nos motores quatro tempos também há carbonização, entretanto, este problema é notado com menor intensidade.
Fonte: motokando.om.br
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